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Costureiros flagrados em trabalho escravo em oficina da Animale receberam R$ 100 mil de indenização

Informação foi divulgada pelo Ministério do Trabalho e Emprego

  • D
  • Da Redação

Publicado em 20 de dezembro de 2017 às 09:18

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Divulgação

Os trabalhadores bolivianos encontrados em situação de trabalho análogo ao escravo, nas oficinas de produção das grifes Animale e A. Brand, receberam R$ 102 mil em indenizações trabalhistas. A informação foi divulgada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que informou ainda que os trabalhadores foram encaminhados para o Centro de Referência de Atendimento para Imigrantes da capital paulista e estão recebendo Seguro Desemprego.

Ainda de acordo com o MTE, dos 10 trabalhadores resgatados, três não tinham documentação migratória regular para o Brasil. Os costureiros recebiam, em média, R$ 5 por peça costurada. Algumas delas eram vendidas pelas marcas por até R$ 698.

Durante a fiscalização, os auditores encontraram os trabalhadores com jornadas de 7h às 21h, com apenas uma hora de intervalo. Além disso, eles viviam em situação degradante, em um local com baratas e insetos, e com instalações elétricas que ofereciam risco de incêndio. 

"Encaminhamos a situação ao Ministério da Justiça, que efetuou a regularização migratória desses trabalhadores; eles manifestaram o desejo de continuar no país. Eles foram vítimas de uma rede de exploração de mão de obra, alguns deles inclusive pagaram a ‘coiotes’ para ingressar no território brasileiro, em busca de melhores condições de vida e fugindo de situações de pobreza extrema no interior da Bolívia e nos arredores de La Paz", explicou o auditor-fiscal Luís Alexandre Faria.

Por meio de nota, o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, disse que repudia esse tipo de situação e que é necessário que toda a sociedade se integre para combater o trabalho escravo. 

A situação dos trabalhadores foi divulgada por uma reportagem da Repórter Brasil. Em nota enviada ao veículo de comunicação, o Grupo Soma, responsável pelas duas marcas, negou que soubesse da condição de trabalho dos costureiros.

Veja a nota da empresa na íntegra:

"A CM Confecções informa que não foi notificada e acrescenta que respeita as obrigações contratuais com seus clientes, mantendo relação estreita e fornecendo todas as informações que lhe são solicitadas. A empresa tem como atividades o desenvolvimento de produto, modelagem, criação da peça piloto, corte, costura e acabamento. 

Embora não seja diretamente responsável pelas condições de trabalho de oficinas contratadas para a execução de algumas etapas do processo produtivo, segue o rigoroso cumprimento das determinações previstas em lei e faz, em parceria com seus clientes, vistorias frequentes nestas empresas, realizando procedimentos preventivos de modo a assegurar a absoluta observância das melhores práticas nas operações.

Se quiser conhecer melhor nosso trabalho, estamos a disposição. Atualmente costuramos 60% de nossa produção internamente e nosso objetivo é chegar a 80% ao longo de 2018. Valorizamos nossa equipe e todos os envolvidos no processo produtivo".