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Vitor Villar
Publicado em 25 de fevereiro de 2018 às 18:01
- Atualizado há 2 anos
‘Murrinha’. Em bom baianês, é o termo mais apropriado para descrever o futebol do Bahia neste domingo (25), na Fonte Nova. O tricolor só se livrou de críticas mais pesadas porque conseguiu vencer o lanterna Atlântico por 2x1 com um gol no último minuto de jogo.
A impressão é que toda a confusão do Ba-Vi do último domingo fez o futebol medíocre do tricolor neste início de temporada sair de cena por um tempo. Mas, neste domingo (25), ele deu suas caras novamente.
Tudo bem, foi o time reserva. Além dos suspensos Vinícius e Lucas Fonseca, o técnico Guto Ferreira não tinha Douglas, machucado. Entre os titulares, o treinador decidiu poupar ainda Nino Paraíba, Mena, Elber e Edigar Junio.
Pobre No final, os reservas lançados por Guto Ferreira a campo mostraram porque são reservas. Nem mesmo Allione e Régis, tão queridos e tão cobrados pela torcida no time titular, deram algum ritmo ao Esquadrão na etapa inicial. Faltou futebol.
O tricolor começou o jogo parecendo que ia dar uma goleada. Com menos de cinco minutos, já havia aberto o placar. Zé Rafael – um dos poucos titulares de fato que não foram poupados – cobrou falta da entrada da área e acertou o canto direito de Ferrari.
O que se viu do Bahia na sequência foi de uma preguiça incompreensível. Sem um jogador de maior velocidade pelas pontas, o tricolor ficou preso na articulação pelo centro. Régis nada conseguiu fazer. Elton foi apático. Allione, caindo pelo lado esquerdo, não deu profundidade.
O fato foi que o jogo seguiu sem emoção alguma até os 37. Detalhe: com um o gol do Atlântico. Michel recebeu na direita e achou Ruan Magno nas costas da defesa; ele cruzou, Matheus chutou em cima de Rafael Santos e no rebote Jean Carlos completou para o gol.
Sem graça O primeiro lance de perigo da etapa final foi do Atlântico. Aos seis, Bida, ex-Vitória e aos 33 anos, se livrou de dois marcadores do Bahia com um giro e chutou de perna esquerda; Rafael Santos salvou. O veterano, aliás, fez excelente partida, mostrando que pode atuar em times maiores.
O jogo seguiu com o Bahia dando sono em alguns e raiva em outros. Sentimentos distintos, mas igualmente negativos.
O tricolor só amenizou a vaia no final da partida aos 48 minutos do segundo tempo. Júnior Brumado foi derrubado por Ruan Magno – que acabou expulso – na entrada da área. Na cobrança de falta, Ferrari saiu muito mal do gol e a bola sobrou para Elton marcar. 2x1.
No final, Guto Ferreira não escapou das vaias e de alguns gritos de 'adeus, Guto'. Pela frente, o técnico terá uma semana para trabalhar. O Bahia só joga no domingo (4), às 17h, contra a líder Juazeirense, fora de casa.