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Bahia é o estado com mais registros de baleias encalhadas; só este ano já são 29

Só este ano, 77 baleias ficaram encalhadas na costa brasileira. No ano passado inteiro foram 78

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  • Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2017 às 20:28

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Mauro Akin Nassor/CORREIO

A Limpurb concluiu no final da manhã desta segunda-feira (4) a retirada dos restos da carcaça da baleia jubarte que apareceu encalhada em Ondina, na última sexta-feira (1º). A operação foi iniciada no sábado (2). De acordo com informações da Instituto Baleia Jubarte, só este ano, 77 baleias ficaram encalhadas na costa brasileira e a Bahia lidera o ranking, concentrando 29  das ocorrências. No ano passado inteiro foram 78 encalhes em todo o país.

Desde que o instituto iniciou o monitoramento, em 2002, só em três anos que a Bahia não concentrou o maior número de ocorrências. "É que o banco de Abrolhos, que se estende do Sul da Bahia ao norte do Espírito Santo, é uma área que concentra o maior número de baleias da costa brasileira", informou o coordenador de Pesquisa do Instituto Baleia Jubarte, Milton Marcondes. Além disso, a Bahia possui o maior litoral dentre os estados brasileiros, com quase mil quilômetros de extensão.

Dados do instituto apontam que em 2015, 17 mil baleias vieram para o Brasil e, desse total, entre 80% e 85% delas se concentram na Bahia e no Espírito Santo. O que as atrai paara os bancos de Abrolhos, segundo Marcondes, são as águas rasas, com uma boa temperatua e com bastante bancos de corais. "Elas vem para ter filhotes aqui e as condições que encontram são ideiais", explica o pesquisador.

As baleias que são encalhadas, segundo Marcondes, a maioria morre no mar e são jogadas pelas correntes. "Só entre 10% a 15% das baleias encalhadas que estão vivas", acrescenta. Ano passado tivemos 78 encalhes, portanto 2017 vai superar 2016. O Instituto Baleia Jubarte informa ainda que orienta tecnicamente como fazer a remoção, mas a operacionalização é feita pelas prefeituras municipais que dispõem de maquinário pesado para este tipo de operação. Garis em operação de remoção dos restos mortais (Foto: Mauro Akin Nassor/CORREIO)