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Da Redação
Publicado em 11 de janeiro de 2018 às 11:05
- Atualizado há 2 anos
O prefeito ACM Neto confirmou, durante a procissão da Lavagem do Bonfim, nesta quinta-feira (11), que a BaianaSystem estará presente no Furdunço 2018. Sem dar detalhes de que dia e circuito a banda irá se apresentar, Neto afirmou que nunca censurou a participação do grupo. "A decisão foi minha de colocar", continuou.
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O comentário do prefeito é uma resposta a uma polêmica que tomou conta das redes sociais a pouco mais de um mês do Carnaval. Em um post publicado no dia 28 de dezembro, Russo Passapusso, vocalista da banda, sugeriu que a BaianaSystem estaria fora do Furdunço em 2018. "Veja bem pirata ! Nosso navio sempre foi pequeno mas nosso público é grande e cheio de amor . Por que não estamos no Furdunço 2018?", escreveu o cantor. A BaianaSystem é uma das atrações mais aguardadas do evento, que desde 2014, dá início ao Carnaval de Salvador. Ano passado, eles encerraram o desfile na Barra, que aconteceu no dia 18 de fevereiro, atraindo mais de 1 milhão de pessoas - a presença do cantor Léo Santana também foi apontada como um dos motivos da lotação . Os transtornos causados pelo grande fluxo de foliões no local levaram a prefeitura a comunicar que iria repensar a estrutura do evento para a próxima edição.
"No passado teve uma polêmica, mas eu acho que foi muito mais em função de ter juntado Léo Santana e BaianSystem. Esse ano não vai ter Léo Santana, mas vai ter BaianaSystem. Ano passado não foi o primeiro ano em que eles tocaram, e vai ter sim, está confirmado", disse o prefeito ACM Neto durante a Lavagem do Bonfim. Segundo ele, as novidades na estrutura do evento serão anunciadas em uma coletiva de imprensa, nesta sexta-feira (12).Polêmica A contratação ou não da banda pela prefeitura também era motivo de especulação por conta de um ato promovido contra o presidente Michel Temer (PMDB), no Carnaval 2017. Durante desfile no Circuito Osmar (Campo Grande), no segundo dia de Furdunço, Russo Passapusso entoou o coro "machistas, fascistas, não passarão", além de dar início a um "Fora, Temer". À época, o presidente do Conselho Municipal do Carnaval de Salvador (Comcar), Pedro Costa, afirmou que o ato foi considerado grave e poderia render à banda uma punição proporcional.
"O código de ética é claro, é terminantemente proibido que o artista use o carnaval para denegrir alguém, como foi feito pelo BaianaSystem. Há um risco concreto de punição grave, que seria a exclusão deles", explicou o Pedro. "Foi um ato de politicagem e eles não foram pagos para isso. Embora tenhamos muito orgulho de tê-los conosco nesta realização, é inaceitável e vai haver punição, sim. São 700 atrações envolvidas, se todos resolverem fazer isso, vira um palanque político", ressaltou Pedro Costa logo após o episódio.
O prefeito ACM Neto chegou a rebater as afirmações, dizendo que não havia "sentido nenhum" na punição. "Claro que não, óbvio que não (vetar a banda). Não tem sentido nenhum isso. Uma bobagem se querer censurar ou vetar, se for assim o artista não poderia chegar e elogiar a mim ou ao governador. Pode elogiar, pode criticar. É a liberdade mesmo. No que se refere a mim, tem que deixar cada um fazer o que quer fazer", defendeu.